A cidade de Curitiba tem 232 faixas de pedestres elevadas, informa a prefeitura em resposta a pedido de informações feito pelo Livre.jor. Em 2015, está prevista a construção de mais 20 delas. Todas seguem resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que regulamenta o assunto.

Nas faixas elevadas, a preferência é sempre do pedestre, como informa a própria prefeitura em um folheto educativo. Preferência que nem sempre é respeitada por motoristas.

Falta, provavelmente, a pedestres e motoristas explicar como se comportar nas faixas elevadas. Em 2014, segundo informou prefeitura ao LJOR, foram “111 ações educativas em cruzamentos, faixas elevadas e locais de grande concentração de pedestres como unidades de saúde, terminais de ônibus, ruas da cidadania e escolas”.

Em tais ações, funcionários da Escola Pública de Trânsito da prefeitura abordaram 10.192 pessoas e entregaram 9.422 folhetos.

Parece muito, mas não é. O número de ações educativas sequer chega à metade do número de travessias elevadas da cidade – vale lembrar que há centenas de faixas de pedestres comuns, igualmente desrespeitadas.

Os 10.912 curitibanos atingidos pela ação educativa são pouco mais de 0,5% da população da cidade – estimada em 1.864.416 pessoas em 2014 pelo IBGE. Ou 198 curitibanos para cada folheto distribuído.

Isso provavelmente explica porque as faixas elevadas mudaram muito pouco na rotina de pedestres curitibanos. E porque a cidade está muito longe de casos de sucesso de respeito ao pedestre – como o de Brasília, onde ações em massa de educação e fiscalização fizeram da faixa um espaço realmente seguro para a travessia.

Clique nas imagens abaixo para ver os folhetos distribuídos nas ações educativas. Um deles está cortado – a imagem foi enviada com esse erro na resposta ao pedido de informações do LJOR.

folhetoAfolhetoB

folhetoCfolhetoD

 

Em destaque