Com a publicação de mais três listas de investigações desde que Livre.jor checou esses dados em abril, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) chegou a junho com 8.105 apurações em andamento só em 2016. É uma média de 48 novos casos por dia neste ano – e, disso tudo, 1.941 envolvem políticos, funcionários públicos ou suspeitas sobre procedimentos administrativos. Ficou curioso? Olhe as edições 9.699, 9.708 e 9.718 do Diário Oficial do Estado.

Para o aperitivo, como já é costume, separamos alguns inquéritos civis recém-abertos pelo MP-PR, para incentivar vocês a lerem todas as investigações em aberto. Por exemplo, imaginem que seis anos depois da assinatura do contrato entre o Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos da Grande Curitiba com a empresa Essencis Soluções Ambientais, lá em 2010, o documento está sob análise do Ministério Público. Infelizmente não há detalhes do caso no extrato da apuração,  mas vamos atrás disso.

Como também vamos ficar de olho na repercussão dessa investigação sob os cuidados da promotora Cláudia Madalozo, que apura se há irregularidades no futuro concurso público do Tribunal de Contas do Estado. Existe dúvida sobre se a inscrição no valor de R$ 300 seria abusiva e se o princípio da impessoalidade não impediria o órgão de exigir dez anos de experiência em contabilidade para o cargo de auditor. É sempre o TCE que suspende certames, né? Esse é um caso interessante de acompanhar.

Também chama a atenção a suspeita, ainda em apuração, de a Casa Militar do Governo do Paraná ter que responder ao MP-PR se andou dando aulas de vôo a policiais militares usando as aeronaves à disposição do Estado. Na lista de dúvidas do Ministério Público o porquê de não se realizar concurso público para a contratação de pilotos já formados? Tem mais da Casa Militar no Diário Oficial, se você ficou curioso. Aliás, essas edições do Diário Oficial estão tão inusitadas que sobrou também para o Movimento Sem Terra (MST).

Na comarca de Engeheiro Beltrão, os proprietários da Fazenda Santa Catarina queixam-se que o movimento social teria invadido terras produtivas. A reclamação está agora para análise do promotor José Abreu Neto. E em Ibiporã? O prefeito da cidade, no Norte Pioneiro, queixou-se ao MP-PR que quando telefona para o Corpo de Bombeiros a cidade não é atendida. Num dos casos, diante de um incêndio em terreno baldio, os bombeiros teriam sugerido a contratação de uma caminhão-pipa… Será que é verdade? Temos que ver aonde as investigações levarão.

Sim, nada de conclusões precipiadas. Lógico que ser citado numa dessas investigações não faz de ninguém culpado de nada – se o MP-PR no correr da investigação juntar evidências, elas serão levadas à Justiça, que instruirá um processo no qual os acusados poderão se defender e comprovar, ou não, sua inocência. Mas nós estimulamos a leitura dessas listas, pois são bem informativas sobre o Paraná.

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