27% das denúncias de intolerância são de atos contra religiões de matriz africana

Seguidores de religiões de matriz africana estão entre os que mais sofreram agressões de intolerância em 2017. É o que aponta o relatório de denúncias do Disque Direitos Humanos (Disque 100), do Ministério dos Direitos Humanos, referentes aos atendimentos anuais. Das 537 denúncias de intolerância religiosas, 145 eram de pessoas que seguem religiões como Umbanda e Candomblé.

Nos três últimos anos, a proporção das denúncias registradas por integrantes de religiões de matriz africana saltou de 15% para cerca de 27%. Em 2015, foram registradas 84 denúncias, quase 40 a menos que ano passado.

Dentre todas as religiões indicadas pelas vítimas de intolerância, 54 são da Umbanda, 52 do Candomblé e 38 de demais cultos de matriz africana. Na sequência aparece a religião Católica, com 31, e Evangélica, com 27 dentre o total das vítimas. Cerca de 51% das vítimas que ligaram para o Disque 100 não informaram a religião.

Pela localidade, o Estado do Rio de Janeiro lidera o número de denúncias de intolerância religiosas em 2017. Foram 80 ligações registradas. São Paulo vem na sequência com 72 denúncias, seguido de Bahia, com 34. No ano passado, quatro denúncias foram registradas no Paraná. Um ano antes, em 2016, foram 14 ligações.

Para acessar a tabela com os dados do MDH sobre denúncias de intolerância registradas no Disque 100 entre 2011 e 2017 basta clicar aqui. Os dados são de um pedido de informação realizado ao Governo Federal, e o arquivo consta no banco de informação da LAI no site da CGU.

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