Demissão de 3,4 mil cobradores representa R$ 0,72 na tarifa técnica, diz prefeitura de Curitiba

Cerca de 3,4 mil cobradores de ônibus  podem estar com suas funções em “xeque” no próximo ano. Isso porque um projeto em tramitação na Câmara de Curitiba prevê a implementação da bilhetagem eletrônica em todo transporte público da capital. O projeto, que teve pedido de urgência rejeitado pelos vereadores, deve ser votado apenas em 2019, após passar pelas  comissões temáticas da Casa.

A polêmica do projeto é que ela altera o artigo da lei 10.333/2001, que mesmo permitindo a instalação da bilhetagem eletrônica no transporte, determinou a manutenção de “cobradores nas estações-tubo, terminais de transporte e no interior dos coletivos, ressalvados aqueles atendidos pelas estações-tubo e o microônibus”.

No atual projeto, esse artigo é substituído pela autorização de “implementação exclusiva do Sistema de Bilhetagem Eletrônica do Município – SBE por meio da utilização dos cartões transporte nos pontos de acesso aos serviços de transporte coletivo do Município de Curitiba”.

O impacto da extinção da função de cobrador do transporte público, em decorrência da exclusividade do sistema eletrônico, é de R$ 10 milhões por mês. Em pedido de informação feito pelo vereador Chicarelli (DC), a prefeitura aponta que o “custo médio mensal de cobradores, contendo os salários, encargos sociais, benefícios e tributos atualmente” representa cerca de 15,2% da tarifa técnica, de R$ 4,71.

A extinção de 3.424 vagas de trabalho de cobradores, conforme aponta estimativa da prefeitura no pedido de informação, fará com que a tarifa técnica caia R$ 0,72 centavos. Questionada sobre o custo dos cobradores afastados das funções por conta de tratamento de saúde, a prefeitura apresentou cálculo que aponta um impacto no “custo tarifário aproximado de R$ 0,01”em decorrência de encargos sociais. Clique aqui e confira a íntegra da resposta da prefeitura à Câmara dos Vereadores.

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