Desde fevereiro, os deputados estaduais do Paraná gastaram R$ 3,7 milhões em combustíveis e locação de veículos. Os dois tipos de gastos respondem por 35% dos R$ 10,5 milhões pagos aos parlamentares a título de verba de ressarcimento, conhecido como cota. Os dados são do portal da transparência da Assembleia Legislativa, e alimentam o observatório Na Conta do Deputado, mantido pelo Livre.jor para acompanhar os gastos da cota parlamentar.
O maior gasto dos deputados desde o início da atual legislatura, em fevereiro passado, é com aluguel de carros. Nos oito meses, foram R$ 2,1 milhões para locação de veículos. Em seguida, foram gastos mais R$ 1,5 milhão para pagamento de combustíveis. Juntas, as rubricas consumiram recurso suficiente para comprar 112 carros populares, cerca de dois veículos em média por deputado.
Por mês, cada deputado, segundo regimento da casa, tem direito a ser ressarcido em até R$ 31,4 mil com gastos referentes à atividade parlamentar. A está fora do cálculo do salário e da verba de gabinete do deputado. O recurso não gasto no mês corrente acumula-se ao próximo. A conta, contudo, zera com a virada do ano.
Depois de gastos com transportes, as rubricas que mais consumiram a verba de ressarcimento desde fevereiro foram pagamentos de contratação de serviços técnicos profissionais, como advogados, contadores e consultorias. O valor usado foi de R$ 1,2 milhão no período. Na sequência aparece pagamento de divulgação de atividade parlamentar, consumindo pouco mais de R$ 1 milhão da cota, e serviços gráficos e de encadernação, com gasto de R$ 705 mil. As rubricas com menores gastos foram serviços de reprografia, que custaram cerca de R$ 9 mil, e fretes e encomendas, que custou cerca de R$ 1,3 mil aos cofres da Alep.
No topo da lista de deputados que mais usaram a cota está o deputado Missionário Arruda, que recebeu ressarcimento de R$ 277 mil; o deputado Tião Medeiros, com R$ 262 mil de verba recebida; o deputado Cobra Repórter, com cota usada de R$ 259 mil; e o deputado Douglas Fabrício, com total de R$ 256 mil ressarcidos.
Na outra ponta, os deputados mais poupadores foram Luiz Guerra, com gasto de R$ 42 mil da cota; Gilson de Souza, com R$ 80 mil; Mabel Canto, com R$ 84 mil, a deputada Maria Victória, que recém retomou o cargo após licença maternidade, com gasto de R$ 87 mil da cota; e o deputado Rodrigo Estacho, com R$ 93 mil ressarcidos. Confira no site do observatório o quanto cada parlamentar usou e quais foram as rubricas que mais consumiram as verbas de ressarcimento.