Cerca de metade das 88 barragens de rejeitos de minérios no Brasil construídas em alteamento a montante são classificadas com alto dano potencial. Barato, o método, usado na barragem em Brumadinho, é considerado um dos menos seguros por especialistas. De acordo com um mapa criado pelo Livre.jor com base nos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), uma das 88 barragens construídas pelo mesmo método está no Paraná.

 

O mapa aponta cerca de 720 barragens de rejeitos em todo o país. Pouco mais de 13% é construída pelo método a montante e um terço do total, aproximadamente 220 barragens, é classificada com alto dano potencial associado.

De acordo com o site do Sistema Nacional de Informações sobre Seguranças de Barragens (Snisb), dano potencial se refere à magnitude de impacto que pode ocorrer com o “rompimento, vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente da sua probabilidade de ocorrência”.

Interativo, o sistema permite filtrar as barragens por município, por método construtivo, por dano potencial e pelo nome da barragem. As informações do mapa permitem ainda identificar a categoria de risco das barragens, que diz respeito aos aspectos que podem influenciar na probabilidade de acidente ou integridade da estrutura da barragem.

As informações que alimentam a base do mapa foram atualizadas em 31 de janeiro deste ano, e podem ser acessadas em formato de planilha pelo site da ANM clicando aqui. Mapeamento similar, com possibilidade de categorização e filtros, foi realizado há três anos pela Agência Volt, em um especial sobre barragens, logo após o rompimento da barragem em Mariana.

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