Depois de gastar R$ 246 mil em cabeamento de rede de dados do plenário e de pagar R$ 634 mil em um novo telão tipo VideoWall Multimídia, com mais de 30 telas de 46 polegadas, a Assembleia Legislativa do Paraná pode aumentar a conta da “modernização do sistema de gestão do plenário”. Desta vez, a Casa pretende comprar novos computadores com telas touch e leitores biométricos para o plenário. Os equipamentos podem custar R$ 406 mil aos cofres públicos.

Em junho de 2016, a Assembleia chegou a lançar edital de R$ 2,3 milhões para uma “solução completa” para acompanhamento de votos e projetos no plenário, mas a licitação foi cancelada. Em substituição, a Casa lançou novos editais para suprir a necessidade da Alep. Somados os valores dos contratos dos itens licitados ano passado com o teto do novo edital, o custo da “modernização” do sistema de gestão chega a R$ 1,2 milhão.

De acordo com o documento do novo edital, a Assembleia pretende comprar 57 mini computadores com processadores de núcleo duplo, 3.0 GHz, e 8 GB de memória RAM, ao custo unitário de R$ 4,1 mil; 57 monitores touch de LED ou LCD com variação de tamanho entre 15 e 16 polegadas, ao custo de até R$ 1,9 mil cada; e 57 leitores biométricos com preço de até mil reais. Clique aqui e confira a íntegra do edital.

E com essa abrimos a segunda publicação do #ComprasDaSemana de 2018. Veja na sequência outras licitações e editais compilados pelo Livre.jor dos Diários Oficiais e os portais de transparência pública.

MP quer 270 poltronas giratórias a R$ 370 mil – o plenário e gabinete dos procuradores de justiça do Ministério Público do Paraná (MP) ganharão 270 novas poltronas giratórias. Segundo o documento da licitação, 20 das 270 poltronas serão “especial para pessoas com sobrepeso”. O custo total da compra do lote de 250 poltronas, que são as com medidas convencionais, pode chegar a R$ 312 mil, de acordo com estimativa do MP. Com isso, cada poltrona custaria R$ 1,2 mil. Já o lote das poltronas para pessoas com sobrepeso tem o teto de R$ 57 mil, ou seja, R$ 2,8 mil por assento. Pelo documento do MP, todas as poltronas devem ter “espaldar alto, encosto de cabeça, apoio para braço com regulagem”. Clique aqui e confira a íntegra do edital no site do Ministério Público.

TCU pode gastar R$ 7,5 mil em medalha – responsável por fiscalizar as contas dos órgãos vinculados ao governo federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) quer comprar 12 medalhas para condecorar “personalidades nacionais ou estrangeiras por seus méritos excepcionais ou por relevante contribuição ao controle externo”. A compra das medalhas, conhecidas como “Grande-Colar de Mérito do TCU”, podem chegas a R$ 7,5 mil o lote, ou seja, R$ 625 cada. A comenda é composta por medalha, roseta, barreta e estojo, licitados como itens em separado. A medalha que compõe o conjunto deve ser banhada a ouro, assim como a roseta que acompanha a honraria.

Além da medalha, o agraciado com a honraria, instituída em 2003, também recebe um diploma produzido especialmente pela Casa da Moeda, expedido pelo chanceler da insígnia, o presidente do TCU. A escolha de quem receberá a honraria é feita em sessão especial do tribunal. Clique aqui e confira o termo de referência da licitação com a especificação dos itens da medalha.

Medalhas para Casa Militar podem custar R$ 26 mil – em fevereiro deste ano a Casa Militar do governo do Paraná completará 90 anos. Como parte da comemoração, o órgão produzirá 250 medalhas para marcar a data comemorativa. Segundo o edital, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (1), serão 50 medalhas para condecoração civil e 200 para condecoração militar. A diferença principal está na dimensão das medalhas, um pouco maior para as entregas aos militares. O custo do lote pode chegar a R$ 26 mil, segundo a média de preços apresentada na cotação no documento de licitação. Com isso, cada medalha para homenageados civis pode chegar ao custo de R$ 82,00 e cada medalha para militares pode custar até R$ 110,00. Clique aqui e confira o edital completo no site da transparência do governo estadual.

#comprasdasemana
Seguimos a empreitada, aqui no Livre.jor – totalmente inspirada pelo Contas Abertas – de vasculhar editais e diários oficiais para registro das compras mais inusitadas, despropositadas e divertidas dos poderes públicos paranaenses. Ressaltamos que não há aqui qualquer apontamento ou indicação de suspeita de irregularidade nestes gastos, apenas resolvemos agrupar as compras pitorescas, que se destacam nas páginas dos editais públicos.

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