Em 2018, cerca de 30% das denúncias de atos de intolerância religiosa registradas no país foram contra cultos e crenças de matriz africanas. Dados do relatório do serviço de denúncias de violações de direitos humanos, mantido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), registraram 506 denúncias de intolerância religiosa no país naquele ano, das quais 152 eram contra pessoas que seguem religiões como Umbanda e Candomblé.

Nos últimos quatro anos, o volume de denúncias de intolerância contra religiões de matriz africana dobrou. Em 2015, registros de atos de violência ou ofensas contra membros de terreiros de umbanda, candomblé ou ainda de cultura afro ocupavam 15% do total das denúncias. De lá pra cá, a proporção passou para 23% em 2016, para 27% em 2017 e chega a 30% no ano passado.

No Paraná, esta proporção é ainda maior. Em 2018, metade das denúncias registradas pelo MDH foram contra religião de matriz africana. Um ano antes, todas as denúncias foram contra seguidores do candomblé ou umbanda.

Dentre todas as religiões indicadas pelas vítimas de intolerância em 2018, último levantamento do MDH sobre as denúncias registradas pelo Disque Direitos Humanos, 77 são da Umbanda, 47 do Candomblé e 28 de demais cultos de matriz africana. Na sequência aparece a religião Testemunhas de Jeová, com 31 denúncias, Evangélica, com 23, e católica, com dez vítimas. Cerca de 51% das vítimas que ligaram para o Disque 100 não informaram a religião.

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