Em novembro do ano passado, Fernando Francischini perdeu o mandato de deputado estadual por mentir sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Sua cassação gerou um efeito cascata, que tirou da Assembleia Legislativa do Paraná outros três parlamentares e 52 funcionários comissionados. Oito meses depois, 18 dos assessores demitidos estão nomeados em outros cargos de confiança da administração pública.
Entre os quatro ex-deputados, quem tem a maior taxa de funcionários realocados em outros cargos comissionados no setor público é Fernando Francischini, com 70%. Do Carmo e Emerson Bacil têm 33% e o Subtenente Everton, 7%.
Das nove realocações de assessores ligados a Fernando Francischini, três foram para gabinetes de seus familiares: duas na Câmara de Curitiba, onde sua esposa é vereadora, e uma na Câmara dos Deputados, onde seu filho exerce mandato de deputado federal.
Abaixo, o Diário Oficial da Alep que publicou as exonerações no ano passado. Para esta reportagem, os nomes publicados foram buscados nos portais de transaparência da própria Alep, da Câmara dos Deputados, da prefeitura de Curitiba, da Câmara de Curitiba e do governo do Paraná.
DOA_2021-11-03