Com prejuízo de R$ 222 mil no primeiro trimestre deste ano, a Paraná Securitização (PRSEC) acumula um deficit superior a R$ 2,2 milhões desde a sua fundação, em abril de 2015. Os dados são do relatório trimestral da empresa pública. A estatal foi criada para “capitalizar” o Estado com comercialização de “direitos creditórios”, especificamente com o ICMS do Paraná Competitivo.

Três anos depois, a empresa ainda não chegou a atuar no mercado, pois é impedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O motivo: falta de clareza nas formas de operação, cessão de créditos e até na própria sustentação financeira da estatal.

Mesmo com os prejuízos anuais da empresa, a PRSEC ainda não está no vermelho. Isso porque o governo fez dois aportes aumentando o capital social da estatal. Um deles foi em dezembro de 2015, ampliando o capital de R$ 300 mil para R$ 1,2 milhão.

Frente aos prejuízos posteriores, segundo ata da reunião do Conselho de Administração (CAD) de fevereiro de 2017, os dirigentes da estatal resolveram recorrer novamente ao governo. O Executivo entrou com um “socorro” de R$ 2 milhões, uma vez que a “a PRSEC necessitará de aporte de capital para fazer frente aos custos de manutenção operacional (contratos e outras despesas administrativas)”.

Com a nova mudança, o capital da estatal passou para R$ 3,2 milhões. Destes resta pouco menos de R$ 1 milhão, uma vez que os prejuízos acumulados passam de R$ 2,2 milhões. A julgar pelo histórico de despesas anuais, de cerca de R$ 920 mil, caso a empresa não tenha a liberação do TCE até o fim do ano, terá que recorrer novamente ao Executivo para fazer frente às dívidas.

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