Desde janeiro deste ano, o gasto da verba de ressarcimento dos deputados estaduais com combustível foi de R$ 1,8 milhão. O valor, referente ao reembolso de custos de exercício parlamentar, manteria a linha do expresso Santa Cândida/Capão Raso por cerca de 3,8 meses, com capacidade de transportar mais de 11,8 milhões de pessoas.

Os dados estão atualizados já com os gastos de agosto, publicados no portal da transparência da Alep, e também podem ser conferidos mês a mês, por rubrica ou por deputado no observatório Na Conta do Deputado, criado pelo Livre.jor para acompanhamento do uso da verba pública.

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A rubrica de gastos com combustíveis é a que mais consumiu recursos neste ano, pouco mais de 15,7% dos R$ 11,5 milhões ressarcidos aos parlamentares.

Na sequência aparecem gastos com serviços técnicos especializados, R$ 1,6 milhão, seguido de locação de veículo, R$ 1,4 milhão para o período, e serviços de divulgação de atividade parlamentar, com verba ressarcida de R$ 11 milhões.

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Na outra ponta, as rubricas que menos consumiram foram serviços de segurança, R$ 9.844,18 e gastos com materiais de higiene, limpeza, conservação e desinfecção e serviços de água e esgoto, com verba de pouco mais de R$ 12 mil. Ao todo são 28 rubricas em que os parlamentares podem apresentar notas para receberem ressarcimento de gastos com atividade parlamentar.

Cada parlamentar tem direito a verba equivalente a R$ 31.470,00 por mês. Ao final do período mensal, os parlamentares devem apresentar as notas para terem direito ao recurso. O que não é gasto naquele mês, entra numa espécie de quota do parlamentar, que deve ser gasto no decorrer do ano. Em dezembro, não sendo gasto o recurso no ano, zera a quota e começa-se novo cálculo para o próximo ano.

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Desde janeiro deste ano, o mês em que foi apresentado o maior gasto foi junho, cujas verbas dos parlamentares atingiram valor de ressarcimento de R$ 1,9 milhão. O mês com menor gasto foi janeiro, cujas verbas de ressarcimento foram de R$ 939 mil.

Cálculo do transporte – apenas com a rubrica combustível, os deputados receberam R$ 1,8 milhão de ressarcimento. Com base em dados das Urbs, o valor seria o suficiente para a aquisição de 774 mil litros de óleo Diesel S10, ao custo de R$ 2,34, o que daria para percorrer 851 mil quilômetros, considerando que cada biarticulado faz 0,88 km/l, ou R$ 2,13 por quilômetro rodado.

A extensão total (ida e volta ao mesmo ponto) da linha do expresso Santa Cândida/Capão Raso é de 33km. Com isso, os mais de 770 mil quilômetros de rodagens pelos R$ 1,8 milhão renderiam 25.799 viagens completas, ou 51.598 viagens de um terminal ao outro.

Considerando os itinerários, são 1.692 saídas de terminal por semana, sendo 289 nos dias úteis, 140 nos sábados e 107 aos domingos. Por mês, isso representaria 6.768 saídas de um dos terminais. Como o trajeto é de ida e volta, isso resultaria em 13.536 viagens ao mês. Com isso, as pouco mais de 46 mil viagens de um terminal ao outro seriam suficiente para manter a linha por 3,8 meses.  Considerando a capacidade máxima de 230 pessoas por biarticulado, isso daria para transportar pelo período e pelo total de viagens, um total de 11.867.540 pessoas.

E como posso acompanhar o uso desses recursos?

Basta acessar o hotsite do Na Conta do Deputado, e no menu Observatório conferir os gráficos com os recursos por deputado, por mês ou ainda por rubrica de gasto.

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É muito fácil e você ainda pode comparar gastos por período ou ainda por parlamentar. Quer saber quanto um deputado foi ressarcido em um determinado mês por gastos com combustível? Clica no nome do deputado, no mês e pronto, você terá a sua informação do gasto total naquele período.

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Como são vários os itens que podem ser ressarcidos, buscamos agrupar a série de conteúdos nos grupos: Geral – com a visão macro dos gastos, de quanto foi utilizado e qual os valores que ficaram para os próximos meses; Transporte – os custos com combustível, passagens e locações de veículos; Eventos e alimentação – ressarcimento com gastos em restaurantes e contratação de empresas para eventos; Comunicação – gastos com assinaturas de jornais e outros; Serviços e estadia – gastos com serviços técnicos especializados e custos de diárias de hotéis; e Infraestrutura – pagamento de melhorias de espaços, manutenção de gabinete entre outros.

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