Desde que assumiram os cargos em 2014, os deputados da Assembleia Legislativa gastaram R$ 8,2 milhões em combustível. O valor daria para comprar 2,1 milhões de litros de gasolina ao preço médio indicado pela ANP para Curitiba, de R$ 3,9. Em um carro popular, isso daria para dar R$ 532 voltas na terra, ou ainda ir 23 vezes à Lua, ida e volta. Os valores são referentes ao uso da cota entre janeiro de 2014 a outubro deste ano.
Os dados constam no observatório Na Conta do Deputado, criado pelo Livre.jor para acompanhamento dos gastos com a verba de ressarcimento. Por mês cada parlamentar tem direito a cota de R$ 31,4 mil. Instituído por meio de resolução em março de 2004, a verba é destinada ao reembolso de despesas com, dentre outros itens: passagens, telefones, correspondência, moradia, refeições, combustível, alugueis e manutenção de escritório e de veículos.
Desde o início da legislatura, os deputados já receberam R$ 52 milhões de ressarcimento com gastos com a atividade parlamentar. Custas de combustível é o que mais pesa no “bolo”. Na sequência, vem os gastos com serviços técnicos e profissionais, R$ 7,1 milhões, seguido de locação de veículos, R$ 6 milhões em dois anos e dez meses.
Na outra ponta, os itens com menos gastos foram serviços de segurança especializada, R$ 43 mil; locação de equipamentos de informática, 129 mil; e material de expediente, com R$ 293 mil. No comparativo mensal, desde o início da legislatura, junho e outubro são os meses com maiores volumes de ressarcimento, R$ 5 milhões cada. O mês com menor gasto é janeiro, com R$ 2 milhões.