Existem hoje no país 34.296 pontos de mineração legalizada com extração ativa de recursos naturais. O número é 12% maior do que o registrado no final de 2018, quando esse número era de 30.554 – uma diferença de 3.742 pontos em menos de dois anos, num avanço de seis novos pontos de extração por dia.
O levantamento considera somente as atividades extrativistas em operação, identificadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) como Concessão de Lavra, Licenciamento, Lavra Garimpeira e Registro de Extração. Os dados foram compilados do Cadastro Mineiro, mesma fonte oficial usada em 2018 pela agência Livre.jor para o projeto Latentes, que mapeou os potenciais riscos de conflito socioambiental associados à mineração no Brasil.
Na época, investigação financiada pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos identificou 4.536 conflitos socioambientais latentes no Brasil, pois terras indígenas (40% do total), 183 comunidades remanescentes de quilombolas (46%), 1.079 unidades de conservação (61%) e 3.029 assentamentos (43%) encontravam-se a menos de 10 quilômetros de um ponto de mineração legalizada ativa [link para a relação individualizada].
No Paraná, o avanço da mineração é menos evidente em números absolutos, pois dos 1.931 pontos de mineração existentes em 2018, agora são 1.962 os locais com extração ativa segundo o Cadastro Mineiro – 1,6% a mais. Em dez anos, a mineração legalizada no estado cresceu 38%, considerando que em agosto de 2010 eram 1.417 os locais de extração.
NOTA EXPLICATIVA: A Livre.jor busca uma solução para a falha no georreferenciamento dos conflitos socioambientais no Projeto Latentes. Enquanto isso, todos os dados obtidos e a documentação seguem à disposição de pesquisadores e jornalistas.