Além da multa de R$ 7,5 mil à Sociedade Garibaldi, a estrutura temporária que tampou a fachada do prédio histórico para o casamento da deputada estadual Maria Victoria (PP) também foi investigada pelo Ministério Público do Paraná. Conforme documento publicado na edição 9.998 do Diário Oficial do Estado, a Promotoria de Meio Ambiente abriu um procedimento preparatório para averiguar o caso no dia 12 de julho.

Infelizmente o Portal de Transparência do MP-PR não mostra o andamento do caso aberto pelo promotor Sérgio Luiz Cordoni para apurar “a prática, em tese, de infrações ambientais e danos ao patrimônio histórico”. Sem isso não dá para saber se o caso já foi arquivado, em decorrência da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC), órgão ligado à Secretaria de Estado da Cultura, ter multado a Sociedade Garibaldi. O documento publicado no diário oficial não cita Victoria nem ninguém da sua família.

Nesta semana, a deputada, que é filha da vice-governadora, Cida Borghetti, e do ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que entidade irá recorrer da multa, uma vez que não foi verificado dano ao prédio histórico. A CPC diz que intervenções semelhantes precisam ser autorizadas pelo Estado e, neste caso, a montagem teria começado antes da expedição do documento. O casamento virou notícia nacional em decorrência dos convidados terem sido hostilizados por manifestantes no trajeto entre a Igreja do Rosário e a Sociedade Garibaldi, no Largo da Ordem, em Curitiba.

Outras investigações
A investigação sobre o ocorrido na Sociedade Garibaldi faz parte da mais recente lista de novos casos divulgada pelo Ministério Público do Paraná. São 440 investigações, sendo a maior parte apurações com base em suspeitas leves, como o caso já citado, os tais procedimentos preparatórios. Inqúeritos civis, baseados em indícios fortes, são 137. A relação abrange ocorrências em todo o Paraná e ocupa 30 páginas do diário oficial (confira aqui). Do total, 67 tratam de políticos, gestores públicos, licitações ou atos administrativos.

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