Se dependesse da bancada de deputados federais do Paraná, o retrocesso do voto impresso teria sido aprovado (confira aqui a votação total). Dois terços dos 30 parlamentares do estado apoiaram a medida, configurando um placar de 20 a 7 votos dentro da bancada, com três ausentes.

A PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) foi rejeitada, hoje (10), na Câmara Federal, porque a base bolsonarista não conseguiu os 308 votos necessários para forçar a mudança no sistema eleitoral brasileiro. Confira como votou cada deputado do Paraná na lista a seguir:

VOTARAM CONTRA O VOTO IMPRESSO
Aliel Machado (PSB)
Enio Verri (PT)
Gleisi Hoffmann (PT)
Gustavo Fruet (PDT)
Luizão Goulart (Republicanos)
Rubens Bueno (Cidadania)
Zeca Dirceu (PT)

VOTARAM A FAVOR DO VOTO IMPRESSO
Aline Sleutjes (PSL)
Aroldo Martins (Republicanos)
Boca Aberta (Pros)
Christiane Yared (PL)
Diego Garcia (Podemos)
Felipe Francischini (PSL)
Filipe Barros (PSL)
Leandre (PV)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Nishimori (PSB)
Paulo Martins (PSC)
Pedro Lupion (DEM)
Ricardo Barros (PP)
Evandro Roman (Patriota)
Valdir Rossoni (PSDB)
Sargento Fahur (PSD)
Sérgio Souza (MDB)
Stephanes Júnior (PSD)
Toninho Wandscheer (Pros)
Vermelho (PSD)

NÃO VOTARAM
Giacobo (PL)
Hermes Parcianello (MDB)
Luiza Canziani (PTB)

Nove deputados do Paraná desrespeitaram a orientação do partido. O PL pediu voto contrário, mas Yared foi a favor. O PSD se opôs ao voto impresso, mas Fahur, Stephanes e Vermelho rebelaram-se contra a legenda. MDB orientou contra, mas Sérgio Souza foi a favor. No PSDB, Rossoni rompeu com a sigla e pediu o voto impresso. No DEM, Pedro Lupion também desobedeceu o partido. Mas chocante mesmo foi Leandre ser a favor do voto impresso, quando o PV era contra. E Luizão, do Republicanos, desrespeitar a sigla e votar contra a proposta bolsonarista.

Se os deputados do Paraná tivessem seguido a orientação dos partidos a que estão filiados, o resultado teria sido o oposto, pela manutenção do que já é praticado, com 14 a 13 contra o retrocesso do voto impresso. No mínimo, isso indica que um terço dos deputados federais tem motivos para mudar de legenda em 2022. Ou sofrerem processos internos de perda de mandato por infidelidade partidária. A conferir.

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