É verdade que a produtividade de leite por vaca nunca foi tão alta, com cada animal hoje, por ano, dando em média 3.225 litros no Paraná, mas o tamanho dos rebanhos encolheu. E numa proporção que chama mais a atenção do que o já esperado avanço tecnológico na pecuária, certo? Em 2018, o Paraná tinha 1,35 milhão de cabeças, 21% a menos que em 2014, quando o rebanho foi o maior registrado, com 1,72 milhão de vacas.
Os números são da pesquisa Pecuária Municipal, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e compilada pelo Centro de Inteligência do Leite, um hub de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Pelos números do Centro, o rebanho de leite no Paraná encolheu para o mesmo patamar em que estava há dez anos, em 2008, quando havia 1,33 milhão de animais.
Mas o aumento da produtividade não compensa a redução no rebanho? A resposta é não. Segundo os especialistas da Embrapa, a produção de leite no Paraná foi de 4,37 bilhões de litros em 2018 – 7,4% a menos que o recorde registrado no estado, em 2016, quando se atingiu a marca de 4,72 bilhões de litros.
No portal do Centro de Inteligência do Leite é possível consultar estes e outros dados relacionados ao setor. Por exemplo, que o consumo aparente de leite e derivados no Brasil, em 2017, 2018 e 2019, de 168 litros por habitante por ano, é inferior ao registrado nos três anos anteriores, de 173,5 litros, em 2014, 2015 e 2016. Ou que, durante a pandemia, o derivado de leite que mais deixou de ser comprado, quem diria, foram os sorvetes [pesquisa completa aqui].