Hoje, 12 de fevereiro, o Livre.jor completa um ano. Foram mais de 300 publicações que nos fizeram fuçar em diversos bancos de dados, diários oficiais e sistemas orçamentários. Um mundo confuso; como andar sem mapa por uma cidade sem placa, onde todos falam uma língua difícil de compreender e quase toda informação vem talhada em blocos de madeira, o pdf. Mas, como se faz em qualquer cidade estrangeira, fomos flanando até aprender os caminhos que nos levavam aonde queríamos chegar.

Munimo-nos da Lei de Acesso à Informação e ficamos surpresos com o que ela pode fazer. Requisitar informações públicas que parecem guardadas no fundo da gaveta de um poderoso burocrata, a uma distância de 12 requerimentos e 4 formulários, e recebê-las com apenas um e-mail, em três dias às vezes, é o mais perto que já nos sentimos de uma democracia madura.

É claro que nem sempre é assim, mas é por isso que acreditamos que temos sempre que solicitar as informações e brigar por elas, pra que nos habituemos, todos nós – governo, imprensa e sociedade –, que não existe melindre em divulgar o que é público. Nosso guru, o Gil Castelo Branco, do Contas Abertas, disse em uma palestra aqui em Curitiba, citando um magistrado americano, que “a luz do sol é o maior dos desinfetantes”. Resumidamente, é nisso que acreditamos; que tirar o pó das publicações oficiais e botá-las pra tomar um sol aos olhos de todos é uma tarefa do jornalismo.

Agradecemos a confiança de todos os leitores, que toparam este difícil desafio de confiar em uma página de Facebook.

Em destaque

4º Prêmio de Jornalismo-mosca: veja os finalistas da categoria principal

Desculpem os quatro dias de atraso na divulgação dos finalistas da categoria…