Cálculo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) prevê que somente no dia 18 de janeiro de 2022 a capital do Paraná terá 95% da sua população adulta imunizada com a segunda dose da vacina contra a covid-19. No estudo, essa seria a data do tão esperado “fim da pandemia” em Curitiba, cravando a entrada na imunidade coletiva capaz de brecar de vez a transmissão do coronavírus.

A modelagem matemática para a profecia foi elaborada por pesquisadores da UFPR, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e da UFS (Universidade Federal de Sergipe), levando em conta o andamento da vacinação em Curitiba até o dia 6 de junho. Das cidades paranaenses, Paranaguá seria a primeira a obter a imunidade coletiva pela vacinação, no dia 18 de outubro deste ano, três meses antes da capital.

Na tabela divulgada pela UFPR, com as previsões do portal Modinterv Covid-19 PR, a cidade mais “atrasada” em obter a imunidade coletiva seria Ponta Grossa. Pelas contas dos estudiosos, se a cidade-pólo dos Campos Gerais não mudar o ritmo da sua vacinação, apenas no dia 30 de junho de 2022 ela terá 95% da sua população adulta imunizada com duas doses do imunizante.

Sob a coordenação de Giovani Vasconcelos, do Departamento de Física da UFPR, o portal foi desenvolvido pelos bolsistas Luan de Paula Cordeiro e Bruno Mantovani Czajkowski. O lançamento da plataforma foi realizado no último dia 10 de junho, pelo YouTube. “Os dados mostram que é preciso aumentar urgentemente o ritmo de vacinação para que a imunidade coletiva seja atingida em um curto horizonte de tempo”, afirmou Vasconcelos, em entrevista ao portal de notícias da UFPR.

Parece que o recado atingiu as autoridades, pois nesta segunda-feira (14), após São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão protagonizarem uma “guerra de vacinação”, com os estados antecipando cada vez mais as datas de vacinação total da sua população, Ratinho Júnior prometeu imunizar toda população adulta do estado com a primeira dose até setembro deste ano. Se cumprir a meta, até o final do ano o Paraná terá chegado ao oásis da imunidade coletiva.

Enquanto isso, o melhor a fazer é USAR MÁSCARA, HIGIENIZAR AS MÃOS E MANTER O DISTANCIAMENTO SOCIAL. Desculpem as letras maiúsculas, mas tem gente que nem esse básico entende, quanto mais modelagem matemática de curva epidemiológica. Informação salva, desinformação mata.

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