Desde 1998, o uso de cheques para realizar transações bancárias vem caindo no Brasil. Então, quando o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabricio Queiroz, realizou pelo menos 21 depósitos em cheque para a atual primeira-dama, Michelle, de 2011 a 2016, como divulgou a revista Crusoé [link aqui], o instrumento já era coisa antiquada. Segundo dados da Compe (Centralizadora da Compensação de Cheques), unidade do Banco Central, e considerando o pico de uso de cheques no Brasil, ocorrido em janeiro de 1998, no início de 2011 a preferência por esse instrumento já era 3,4 vezes menor. Em 2016, 5,5 vezes menor.

Logo, a malcriação do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao fugir da resposta de repórter do O Globo no final de semana além do caso concreto, além da acusação implícita de corrupção, que depende do avanço das investigações para ser cabalmente comprovada, ou não, pode indicar um desconforto tecnológico. Para quem não viu, ao ser questionado sobre o porquê dos depósitos de R$ 89 mil na conta de sua mulher, ele atacou com “eu vou encher a boca desse cara na porrada” e “minha vontade é encher tua boca na porrada”.

A verdade é que hoje em dia, como mostra a mais recente Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, 43% das transações financeiras são feitas no celular, em plataformas mobile – 39,4 bi do total de 89,9 bilhões de transações analisadas pela Federação Nacional dos Bancos. Sendo elas e as operações realizadas pela internet as principais responsáveis pelo aumento da movimentação financeira no país, que têm subido acima dos 10% desde 2015.

Outro dado interessante da pesquisa da Febraban [consulte aqui] é sobre investimento em tecnologia, pois aponta que o governo e o setor bancário praticamente empataram neste quesito em 2019: 15% contra 14%. As Telecomunicações, geralmente associadas com o avanço da tecnologia, representaram só 8% do total de gastos deste tipo. Abaixo, o infográfico produzido pela Febraban.

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