Entre o lançamento da campanha em 5 de dezembro passado até meados de março o governo federal gastou mais de R$ 26 milhões com a produção e divulgação da campanha sobre a reforma da previdência. Os dados são da Secretaria de Comunicação (Secom) e foram fornecidos ao Livre.jor via LAI. Em dezembro, após quatro semanas no ar, a campanha tinha custado R$ 13 milhões.

A campanha trata da reforma do sistema de previdência social apresentada pelo governo em dezembro ao congresso. Tramitando como PEC 287/2016, o texto do projeto foi aprovado na Câmara nesta quarta-feira (9) pela comissão especial, e segue para votação em plenário. A previsão é de que entre na pauta em maio.

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A campanha é composta por vídeos de 15 a 30 segundos cada, publicidade para impresso, slides para redes sociais, spots de rádio e peças para mídia externa. A maior parte do valor gasto no período foi para a TV Aberta, pouco mais de 52%. Em segundo lugar ficou a internet, com 22,5% do recurso, seguido de jornal impresso, com 7,64% e mídia externa, com 7,06% do total. Confira abaixo o quadro de gasto por fase, e no final do texto, a tabela completa de gasto por veículo.

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Terceira fase da campanha aponta gasto de R$ 1,3 milhão em redes sociais

As veiculações que compreendem o início da campanha e janeiro, de acordo com a secretaria de comunicação, compreendem a primeira fase do projeto de publicidade. As ações de janeiro foram “foram executadas pelo Ministério do Esporte, por meio de descentralização de recursos da” Secom. Nesta primeira etapa, os custos totais de veiculação foram de R$ 14 milhões.

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Ao identificar a “permanência de questionamentos por parte da população brasileira, em relação à reforma da previdência” nas análises de monitoramento dos perfis do governo nas redes sociais, a Secom definiu a deflagração de uma segunda etapa da campanha, iniciada a partir de 15 de fevereiro passado.

O valor da segunda etapa entre o início até 15 de março foi de R$ 11,2 milhões. Uma terceira fase foi indicada já com custo de R$ 1,3 milhão para veiculação da campanha na internet, especificamente pelas redes sociais, porém, não foi apontado o período de início e previsão de término.

Parte do recurso foi retirado dos Ministérios do Turismo e do Esporte

Segundo documentos da Secom foram realizados dois termos para descentralização de verbas do Ministério do Turismo e do Ministério do Esporte para ajuda no custeio da campanha. Para a campanha, no entanto, não havia “margem nos contratos da Secom com suas agências de comunicação”, por isso a necessidade da realização da descentralização.

Pela justificativa do termo, uma pesquisa com grupo focal realizada pela secretaria ente 16 e 20 de agosto identificou que 44% das pessoas afirmaram não “compreender direito sobre Previdência e sequer ouviram falar em mudanças nas regras”. Por isso, os recursos aportados para a campanha ajudaria na potencialização seriam usados para “potencializar a divulgação da mensagem da campanha”.

Da pasta do Turismo, segundo o termo de descentralização 5/2016, foram aportados R$ 6 milhões. Já do Ministério do Esporte, pelo termo 6/2016, foram repassados R$ 7,5 milhões. Para demais ações de publicidade, no entanto, foram aportados mais recursos do Ministério do Esporte.

Na mesma data do termo da campanha da previdência, a pasta assinou o termo 7/2016 em que destina R$ 8,5 milhões para que a população “perceba a sinergia da atuação governamental na promoção do desenvolvimento econômico e social do país”. Neste ano, outro termo com recurso do Ministério do Esporte previa repasse de R$ 3 milhões para veiculação da “ação publicitária intitulada Brasil nos Trilhos”, deflagrada pelo governo para informar a “população brasileira sobre essa melhora do cenário econômico”.

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