Considerando apenas os números oficiais do governo do Paraná, a pandemia do novo coronavírus “desacelerou” no estado. De agosto para setembro, o número de contaminados tinha aumentado 35%. Nos últimos 30 dias, “apenas” 19%. O problema é que mesmo com o contágio mais devagar, ainda morreram 724 paranaenses em outubro – 23 por dia, em média. Quase um por hora, quase um por hora.

Não foi só em percentual que se registrou a queda, foi nos números absolutos também. Foram 46,5 mil diagnósticos novos em setembro, ante 34,2 mil em outubro. O senão aqui é a opacidade em relação às testagens. Mas teve também a queda na ocupação dos leitos do SUS, de 68% para 54%, apesar da redução no número dos leitos. E aqui não tem muito senão, os números são suficientemente expressivos.

Agora é preciso ver como as estatísticas vão reagir ao Feriadão de Finados e à retomada da atividade econômica nos grandes centros urbanos, que engatou a terceira marcha no mês de outubro. Com a eleição à porta, várias prefeituras do Paraná aliviaram as medidas para contenção do contágio e as consequências só poderão ser medidas após o primeiro turno, no dia 15 de novembro.

E aqui a realidade é bastante perversa, pois como do contágio às mortes demora mais de cinco semanas, em média, se a condução desgovernar, vai bater lá no Natal o novo pico de tragédias. Pós-eleições, quem diria.

Na atualização do Farol Covid, o consórcio de pesquisadores manteve a avaliação de alerta para o Paraná, com a estimativa que 6 em cada 10 casos não são diagnosticados no estado, cuja taxa de contágio seguiria entre 0,8 a 1. Mas reduziu significativamente o número de casos ativos: de 59.267 no final de setembro para 38.780 na primeira quinzena de outubro.

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