A maioria dos eleitores que votariam em Sérgio Moro e em João Amoêdo na eleição presidencial de 2020, caso seus candidatos, não fossem para o segundo turno, prefeririam invalidar o voto a apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro. É o que mostra pesquisa PoderData, divulgada no último dia 17 de maio.

Perguntados sobre em quem votariam numa disputa direta entre Bolsonaro e Lula em 2022, 40% de quem havia declarado apoio a Sérgio Moro no primeiro turno disse preferir invalidar seu voto, anulando-o ou votando em branco, a apoiar o atual presidente. 33% disseram que nesse cenário endossariam a reeleição, 17% que votariam em Lula e 9% não souberam responder.

O desprestígio de Bolsonaro é maior entre os partidários do Novo, com 58% dos apoiadores de Amoêdo dizendo que nesse segundo turno invalidariam seus votos. Aqui, só 27% reelegeriam Bolsonaro e 15% consideram Lula mais capaz que o atual presidente. Mais decididos, ninguém deixou de escolher uma opção diante da pergunta do instituto de pesquisas do jornal Poder 360, especializado em cobertura política.

Os indecisos de Gomes e Huck
Outra curiosidade revelada pela pergunta, que repercutiu pouco na imprensa, abduzida pela ideia que Lula e Ciro venceriam Bolsonaro num eventual segundo turno, ou pela inesperada notícia que a rejeição de Lula é a menor entre os presidenciáveis, é que a disputa direta entre os dois presidentes deu um curto-circuito na cabeça dos eleitores de Luciano Huck e de Ciro Gomes.

A maior indecisão foi verificada entre esses eleitores, com 34% dos apoiadores de Ciro Gomes em dúvida do que fazer (pondo em xeque a ideia que esses votos seriam naturalmente levados por Lula). E 27% de quem vota Luciano Huck também está em dúvida, apesar da tendência de apoiar o petista no segundo turno, como mostra a tabela abaixo.

É cedo para querer adivinhar qualquer coisa da eleição de 2022, mas as pesquisas já dão pistas que uma eventual reeleição de Bolsonaro não será fácil, pois a conversão dos votos dos adversários para si apresenta-se como uma tarefa complicada. Lula se dá melhor nisso, mas 18% dos ouvidos sequer cogitaram dar ao ex-presidente uma nova chance.

A pesquisa foi realizada de 15 a 17 de março, com 3,5 mil pessoas, por telefone, em 545 cidades em todas as unidades da federação. A margem de erro é de 1,8 pontos percentuais.

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