Dados divulgados nesta terça-feira (21) mostram que as polícias do Paraná mataram 264 pessoas em 2016, alta de 7% em relação a 2015, quando 247 paranaenses foram vitimados pelas forças de segurança pública.

A conta, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado do Ministério Público do Paraná), leva em conta informações prestadas pelas polícias militar e civil, além das guardas municipais de Curitiba e Londrina.

Isso quer dizer que, em 2016, uma pessoa morreu vitimada pela polícia a cada 36 horas no Paraná, em média. Quase a metade dos casos (122) ocorreu em Curitiba e região metropolitana.

O Gaeco também informou que 22 policiais foram mortos no ano passado, seja em serviço ou de folga. Isso quer dizer que, para cada policial assassinado, as forças de segurança do estado mataram 12 pessoas.

Quase a totalidade das mortes foi cometida pela polícia militar – 253 pessoas, ou 96% do total. Oito morreram por disparos efetuados por policiais civis, e três por guardas municipais (duas em Curitiba, uma em Londrina).

Na comparação com 2015, a letalidade da PM cresceu 5% – a corporação fez 240 vítimas em 2015.

O Livre.jor apresentou dois pedidos, via Lei de Acesso à Informação, à Secretaria da Segurança Pública. No primeiro, perguntamos quantas das 261 mortes em confrontos com as polícias geraram investigação, e qual o resultado delas. No segundo, inquirimos em quantas das 22 ocorrências que vitimaram policiais chegou-se aos culpados, e qual a situação deles atualmente.

Programa nacional
O levantamento significa que o Ministério Público do Paraná aderiu ao programa nacional de enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial, cujas diretrizes estão aqui.

*Atualizado às 7h30 de 22 de fevereiro para substituir a expressão homicídio, por sugestão de leitor. Novamente atualizado às 19h de 22 de fevereiro, para acréscimo de informações sobre os pedidos apresentados via Lei de Acesso à Informação.

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